sábado, fevereiro 26, 2005
Quando as eleições têm vencedores antecipados as nossas conversas tendem para outros temas eleitorais numa destas noites de estudo (com outros colegas aqui da ordem) calhou a tema a proporcionalidade e eu sugeri a introdução de um único circulo eleitoral, falámos discutimos e divagamos mas claro que não ficou nada para depois. Mas um dia destes ao ler na Causa-Nossa uns posts do professor Vital Moreira sobre a (des)proporcionalidade do sistema eleitoral português decidi fazer a experiência de como seria a distribuição dos deputados se existe um único circulo eleitoral, para os dados apresentados considerei que os 230 deputados eram eleitos todos por um circulo nacional (não considerei os ainda não disponíveis votos da emigração) os resultados obtidos foram:
PS:108
PSD:69
CDU:18
CDS:17
BE:15
PS:108
PSD:69
CDU:18
CDS:17
BE:15
PCT/MRPP:2
PND:1
Como vemos a situação parlamentar seria mais interessante com a entrada de dois novos partidos bem como um aumento da força dos partidos mais pequenos em e uma diminuição das forças dos dois grandes partidos. Nas suas entradas no Causa-Nossa o Professor Vital Moreira fala do fenómeno da majoração (diferença entre a proporcionalidade dos eleitos em relação à proporcionalidade dos votos), seguem as majorações existentes no actual sistema e as eventualmente existentes num circulo nacional único:
PS: de 6,6354% para 0,5%
PSD: de 2,6124% para 0,4%
CDU: de -1,704% para 0,03%
CDS: de -2,265% para -0,09%
BE:de-3,093% para -0,05%
PND:1
Como vemos a situação parlamentar seria mais interessante com a entrada de dois novos partidos bem como um aumento da força dos partidos mais pequenos em e uma diminuição das forças dos dois grandes partidos. Nas suas entradas no Causa-Nossa o Professor Vital Moreira fala do fenómeno da majoração (diferença entre a proporcionalidade dos eleitos em relação à proporcionalidade dos votos), seguem as majorações existentes no actual sistema e as eventualmente existentes num circulo nacional único:
PS: de 6,6354% para 0,5%
PSD: de 2,6124% para 0,4%
CDU: de -1,704% para 0,03%
CDS: de -2,265% para -0,09%
BE:de-3,093% para -0,05%
PCT/MRPP : de -0,861% para 0,0008%
PND:de -0,721% para 0,002%
Vemos assim que os efeitos majoração praticamente desaparecem, perdendo-se os efeitos de desproporcionalidade o que prova como refere o Professor Vital Moreira que a desproporcionalidade não advém do método de Hondt mas sim da dimensão dos círculos. Para finalizar realizei uma experiência com base numa ideia do Aguiar-Conraria em que os votos brancos elegeriam lugares vazios na assembleia…Os resultados são interessantes:
PS:107
PSD:68
CDU:17
CDS:17
BE:15
PND:de -0,721% para 0,002%
Vemos assim que os efeitos majoração praticamente desaparecem, perdendo-se os efeitos de desproporcionalidade o que prova como refere o Professor Vital Moreira que a desproporcionalidade não advém do método de Hondt mas sim da dimensão dos círculos. Para finalizar realizei uma experiência com base numa ideia do Aguiar-Conraria em que os votos brancos elegeriam lugares vazios na assembleia…Os resultados são interessantes:
PS:107
PSD:68
CDU:17
CDS:17
BE:15
BRANCOS:4
PCT/MRPP:1
PND:1
Acho que o efeito dos votos brancos estão subestimados, se soubéssemos que os nossos votos elegiam cadeiras vazias quantos de nós não teriam votado em branco?E já agora onde ficava o grupo parlamentar dos brancos, à esquerda ou à direita?
PCT/MRPP:1
PND:1
Acho que o efeito dos votos brancos estão subestimados, se soubéssemos que os nossos votos elegiam cadeiras vazias quantos de nós não teriam votado em branco?E já agora onde ficava o grupo parlamentar dos brancos, à esquerda ou à direita?
Comments:
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No entanto penso que todos estarão de acordo que a situação actual é melhor que a de círculo único, na qual quase todos os governos teriam de ser de coligação.
Nuno Palma
Nuno Palma
Curiosamente na maior democracia do mundo, na India o governo não é formado por um partido ou coligação, mas pelo conjunto dos líderes cujos partidos, unindo-se, têm a maioria. Talvez tivesse a possibilidade de promover mais debate. No entanto se já nos queixamos da burocracia actual, imagine-se isto em Portugal...
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